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Pastoral

O jovem que ingressou no seminário foi chamado a ser enviado ao mundo como arauto do Reino de Deus, portanto a orientação apostólica deve permear toda a identidade sacerdotal no seu aspecto espiritual, intelectual e humano.

O mais importante e fundamental é forjar em cada seminarista a personalidade e o coração de apóstolo zeloso, consciente do sentido de sua missão. O restante, as técnicas e metodologias servirão unicamente se existir essa base, porque o jovem seminarista foi chamado a ser apóstolo e não simplesmente a exercer uma pastoral.

O amor a Jesus Cristo leva o seminarista à identificação com Ele e com seu amor ardente pela humanidade. Sente-se, então, contagiado pela premência e pelo desejo apaixonado de lutar infatigavelmente e ardentemente para anunciar e difundir o Reino com todos os meios possíveis, lícitos e bons, até conseguir que Jesus Cristo reine no coração dos homens e das sociedades.

Para formar esse zelo apostólico é preciso que o seminarista vá tomando consciência da missão, deve compreender que sua missão se identifica com a missão de Cristo e, por conseguinte, que sua vocação e sua vida se inserem na história da salvação. Desde o momento em que percebeu o chamado de Deus, sua história pessoal se converteu em história sagrada.

A consciência da missão do sacerdote fica sendo legítima e completa quando ela se torna consciência da missão eclesial. Ao enviá-lo ao mundo, Cristo envia-o para edificar sua Igreja. Cristo confia-lhe a convocação da comunidade eclesial, seu amadurecimento na fé, sua fidelidade ao Evangelho, seu crescimento interior pela celebração dos sacramentos etc. Esse mesmo sentido eclesial do apostolado o impelirá a desejar transmitir também aos fiéis o amor à Igreja de Cristo: que amem a Igreja; que conheçam os documentos e diretrizes do Magistério, entendam seu significado e aceitem sua doutrina; que conheçam e amem o Papa, e tenham nele a direção de sua fé; que conheçam, amem e se interessem realmente por sua diocese e por seu pastor diocesano.

O modelo ideal do sacerdote deve ser Cristo Bom Pastor. Um pastor que cuida das ovelhas, conhece-as por seu nome, sai à procura da que se perdeu e quando a encontra, a põe alegremente sobre os ombros; preocupa-se com as ovelhas que todavia não pertencem ao redil; chega a dar a vida por suas ovelhas (Jo 10, 11-18). O bom pastor é um pastor bom, que ama. O apostolado é um serviço, não uma imposição.

Não haverá atividade pastoral autêntica se não houver caridade pastoral. Movido por essa caridade, o apóstolo se aproxima de toda e de cada pessoa, interessando-se sinceramente por sua situação, seus problemas, tristezas e alegrias. Aproxima-se do homem para compartilhar de sua história concreta.

A formação do coração pastoral dos seminaristas deve incluir a educação para essa opção preferencial pelos pobres, tal como a entende a Igreja. O seminarista deve, portanto, amar o pobre não por ser pobre, mas por ser homem, assim como devem saber amar igualmente o rico não por ser rico, mas por ser homem. É necessário procurar formas autênticas de promoção dos necessitados, ou seja, a opção pelos pobres tem que ser eficaz. Portanto, é essencial uma ação que se orienta a promover as necessárias transformações de estruturas, buscando a transformação dos corações, garantindo que reforma das estruturas seja verdadeira e durável.

Educar os seminaristas para uma genuína opção pelos pobres significa que compreendam o sentido global de sua missão e, dentro dela, saibam dar prioridade ao que é essencial. O fato de ter Cristo vindo ao mundo para salvar todo o homem significa que a missão da Igreja inclui a dimensão social, mas significa também que não se reduz exclusivamente a ela.

Finalmente, importa que os seminaristas compreendam que seu trabalho de caridade social não é alheio à sua futura identidade sacerdotal, mas que emana dela como uma das consequências de sua missão integral: nem única nem principal. Desse modo entendem que jamais devem esquecer que sua tarefa prioritária é a proclamação da Palavra de Deus, a administração dos sacramentos da salvação e o pastoreio do povo de Deus; e que seu melhor serviço social será formar esse povo, preparando dos leigos para que, tomando consciência das exigências de sua fé, trabalhem eficientemente pela construção de uma sociedade melhor. Que compreendam finalmente que sua missão é uma missão eclesial e que, por isso mesmo, não podem, de forma alguma, ignorar no seu trabalho a doutrina social da Igreja.

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