O Sentido do Amor Matrimonial

O amor, efetivamente, possui recursos e possibilidades desconhecidas à força material: dobra as vontades mais decididas, penetrando nos corações; é verdadeira riqueza, já que multiplica os bens comunicando-os com a pessoa amada; alegra o mesmo na pobreza; é sabedoria, porque, mediante suas luminosas intuições, penetra em toda parte, mesmo nas profundezas mais intimas dos corações; faz surgir a luz da esperança onde havia trevas de desespero. O amor é a maior potência, a mais preciosa riqueza, a sabedoria mais profunda; é o segredo da felicidade.

Sobre este bem, o Criador inseriu um outro tesouro, que contribui com o amor para dar ao ser humano a alegria de viver: o tesouro da procriação. Não é negada a verdade que existe um calafrio estático no artista que, diante de uma obra prima, percebe aquela arte saiu de si, do mais íntimo de seu ser. No entanto, há uma grande alegria em criar, mesmo sabendo que maior é a de procriar, produzir a própria vida, perpetuando no ato misterioso e exclusivo de Deus.

A criação transfunde o próprio semblante em uma criatura que palpita com um coração formado pelos próprios pais. É uma alegria tremenda e uma das maiores magnitudes. Amor e procriação: eis as duas dádivas preciosas que Deus concedeu aos seres humanos, embora estejam sendo mal interpretadas. Existe uma via pelo qual se garante gozar de maneira mais profunda desse amor e geração de vida: o matrimônio.

O matrimonio é o laço de união por toda vida de um homem com uma mulher e, nessa relação de dois corpos que se tornam um, gera-se a vida, não apenas por consequência, mas por uma escolha apaixonante do casal. Esta é a verdadeira concepção do casamento. Qualquer outra concepção não resiste a uma análise objetiva, não salva as exigências que o verdadeiro amor apresenta.

Sem. Marcelo Santana
Diocese de Bonfim, BA
3º Ano de Filosofia, 2017

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